Uma das perguntas que mais nos fazem é “quanto tenho que dar de entrada para o crédito habitação?”. Por outro lado, muitas vezes ouvimos dizer que basta dar 10% de entrada. Será que é sempre assim?
Fique a saber quanto tem de dar entrada para o crédito habitação… e em que situações pode conseguir financiamento a 100%!
Se vai comprar casa, talvez esteja a pensar “quanto tenho de dar de entrada para comprar casa?”.
Depois de muitos portugueses terem perdido a casa durante a crise, em 2018 o Banco de Portugal determinou que os bancos só podem financiar até 90% do valor do imóvel (valor de aquisição ou valor da avaliação, o que for mais baixo) se for para habitação própria permanente.
No entanto, tenha em conta que este é o teto máximo que o banco pode financiar. Isto não significa que o banco lhe empreste 90% do valor total, já que as condições do empréstimo dependem da sua taxa de esforço, do seu histórico de crédito e das garantias que oferece ao banco. No caso de ser uma habitação secundária, o teto máximo baixa para 80% do valor do imóvel.
Existe apenas uma exceção a esta regra. No caso dos imóveis penhorados pelo banco, o próprio banco pode financiar até 100% do imóvel. Isto é, se comprar um imóvel de banco XPTO, o banco XPTO pode financiar o valor total do imóvel.
Agora, vamos a um detalhe importante. O banco financia até 90% do valor de aquisição ou do valor do imóvel, o que for mais baixo. Este detalhe é importante porque nem sempre a avaliação do perito do banco coincide com o montante pedido pelo vendedor ou pela imobiliária. Vejamos um exemplo em que terá de pagar mais de 10%:
Imagine que gostou de uma casa que está à venda por 200.000€. Em teoria, apenas teria de dar 20.000€ de entrada (que corresponde a 10%) e o banco financia 180.000€. No entanto, depois da visita do perito, o banco avalia o imóvel em apenas 180.000€. Nesse caso, o banco só financia no máximo 162.000€ (90% do valor da avaliação) e tem de avançar com 38.000, se quiser prosseguir com o negócio.
Para que o valor de entrada seja apenas 10%, a avaliação do banco tem de ser igual ao superior ao valor de aquisição.
Se não tem o montante suficiente para a entrada, talvez esteja a ponderar fazer um crédito pessoal para dar entrada. Aliás, muitas vezes é a própria imobiliária que faz esta sugestão. No entanto, se o banco a quem pediu o crédito habitação descobrir, pode cancelar o crédito. Além disso, existe o risco de sobreendividamento.
Os créditos pessoais têm uma taxa de juro muito elevada, enquanto o crédito habitação está sujeito às variações da Euribor, que agora está em alta. Por isso, facilmente excede a taxa de esforço desejável. Se acha que consegue pagar as duas prestações, talvez seja melhor organizar as suas finanças, poupar um pouco mais, e a seguir comprar casa.
Os imóveis de banco são imóveis que, em algum momento, foram dados como garantia num empréstimo. Quando os tomadores do crédito entraram em incumprimento, o banco penhorou os imóveis. Mas, antes de comprar, convém perceber se o que está à venda é a totalidade do imóvel, se não há mais penhoras e se o imóvel tem inquilinos.A melhor forma de encontrar imóveis de banco é contactar as instituições bancárias.
Normalmente, ao assinar o Contrato de Promessa Compra e Venda (CPCV), terá de pagar 10% de sinal ao vendedor. Quando celebrar a escritura, se tudo correr bem, o banco empresta 90% do montante para celebrar o negócio. No entanto, segundo os peritos em planear finanças pessoais, deve ter mais dinheiro disponível.
Para abrir o crédito habitação, não precisa apenas do valor de entrada. Também terá de pagar uma comissão de estudo, comissão de avaliação e uma comissão de formalização ao banco. Além disso, ainda precisa de arcar com o valor da escritura, do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e o imposto de selo.
Por isso, se vai fazer um crédito habitação e está a pensar quanto tem de dar de entrada, recomendamos que poupe mais do 10%. O ideal é ter 15% do valor do imóvel disponível, de modo a poder cobrir todas as despesas com a abertura do crédito, a escritura e os impostos.
Se precisa de fazer um crédito habitação, peça-nos ajuda. A FLIPAI é um intermediário de crédito certificado pelo Banco de Portugal e os nossos colaboradores estão a par das melhores ofertas do mercado. Não só vamos negociar a prestação mensal mais baixa para si, como vamos encontrar a melhor solução para o valor que tem de entrada.
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